quinta-feira, 31 de março de 2011

O imponderável da vida!

Tem coisas na vida que a gente aprende na marra, como aceitar feliz, o imponderável da vida. Gerar um bebê tem disso. Começou como um projeto cheio de detalhes, e ficou tão grandioso que a simples idéia da existência futura de uma criança me fazia falta, sei que ao seu pai também. Bom minha princesinha posso dizer uma coisa com toda a certeza do mundo, precisávamos de você! Deus deve ter sentido algo parecido antes de criar o homem. Realizado o milagre, tudo pareceu subitamente prescindir de mim. Seu crescimento e, agora, seus movimentos não estão sob meu controle. Suas vontades estão, por acaso, dentro dos meus limites, mas meu corpo não passa de uma fronteira prestes a desaparecer para o mundo. Sequer tem o poder de filtrar os acontecimentos ao redor de mim, nem os sons, nem os sabores, nem as luzes que me cercam. Tudo o que sei de você, minha princesinha, é alimentado pela minha imaginação e exames por demais periódicos para saciar uma curiosidade carente de boletins diários. Quando ainda desconhecia esse misterioso processo de gerar uma vida, imaginava-me só e vulnerável. Hoje, mais do que nunca, aprendi a ser instrumento, a gostar dessa sucessão inimaginável de acontecimentos e, sobretudo, a não ter medo.
Minha princesinha, a mamãe não cansa de falar, todos os dias falo para você, acariciando a minha barriga, que já tem uma forma mais arredondada que nas semanas anteriores, então vou falar de novo, a mamãe te ama muito, cada dia que passa imagino com quem você se parecerá! A que gênio puchará (apesar que o da mamãe e o do papai andam de mãos dadas... rsrsr... não sei qual é o melhor!)... Tenho tantas perguntas, muitas, ainda, sem respostas, mas que continuarei a imaginar, nestes meses que faltam para seu nascimento.

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